quinta-feira, 7 de maio de 2009

A Nova Morada das Idéias - O Resgate da Utopia





LIVRO VIRTUAL
AUTOR: ODÉCIO MENDES ROCHA
PROFISSÃO FILÓSOFO

E-mail: mendesrocha2@gmail.com

“A nova morada das idéias estava oculta no tempo e no espaço, obstruída nos escombros ao fim da antiga civilização”



TÍTULO DO LIVRO

A NOVA MORADA DAS IDÉIAS - O Resgate da Utopia


CORRESPONDÊNCIA

Autor: HENRIQUE C. DE LIMA VAZ
Assunto: Carta Resposta
Data: 13 de Janeiro de 1992


Prezado Sr. Odécio

Agradeço sensibilizado sua carta do dia 07 do corrente, bem como “xérox” dos seus artigos.
Li seus textos com interesse e creio que suas idéias contém fecundas sugestões e merecem ser meditadas. Faço votos para que sua atividade intelectual prossiga lançando temas como esses para o conhecimento e discussão das pessoas para as quais as idéias representam um decisivo fator de aprimoramento individual e progresso social.
Envio-lhe a separata do texto de uma aula que ministrei na comemoração dos 50 anos da nossa Faculdade de Filosofia e durante a qual foram igualmente lembrados os meus 70 anos.
Queira aceitar as cordiais saudações do,


Henrique C, de Lima Vaz
PhD em Filosofia
Belo Horizonte – Minas Gerais



CORRESPONDÊNCIA


Autor: EDUARDO HOORNAERT
Assunto: Carta Resposta
Data: 04 de Novembro de 1997


Prezado Odécio,

Recebi bem sua correspondência do 01/10/97, com 6 artigos: Libertação I e II, Ciência Ideológica, Universidade, De Revolutionibus. Achei o mais interessante o artigo “Ciência Ideológica”, no qual penetra no templo da intelectualidade moderna, ciência, e mostra que ele é profanado, não sacro-santo, imaculado. Se Feuerbach diz que Teologia é Antropologia, ele toca no âmago da questão: criamos ciência à nossa imagem e semelhança. E como somos machistas, centralizadores, “heliocentristas”, imperialistas, criamos uma ciência que corresponda. Parabéns por esses trabalhos muito críticos, que questionam nossas posturas básicas na vida.
Ontem 2ª feira (03/11) consegui passar para o Enrique Dussel seu novo endereço. Ainda não respondeu, mas espero que entrará em contato com você. Se o amigo tiver acesso ao E-mail, dou aqui o E-mail do Enrique: dussamb@servidor.unam.mx
Logo que tiver uma resposta no meu computador, passarei a informação para você.
Com bons votos de novas e instigantes leituras no campo da filosofia “do não-ser”.



Eduardo Hoornaert
Doutorado em Teologia e Filosofia na Universidade de Lovaina - Bélgica
Salvador – Bahia


PARTE I



LIBERTAÇÃO DOS ASTROS *


É anunciada a volta do cometa Halley. Ele virá como um filho rejeitado, tal qual um Moisés, o libertador do cativeiro do Egito, tal qual o rei Édipo, o elucidador do ethos grego; tal qual Cristo, filho sem pai nativo; o revolucionário da moral e da vida.
Esta é a grande hora. É a hora de se pensar em algo diferente...
Astronomicamente, o Sol é o centro de nosso sistema planetário. Tudo gira em torno do Sol...
Todo este heliocentrismo é um reflexo da nossa falocracia e do nosso falocentrismo. Falo-cracia (membro masculino-governo do) é o governo do falo. Falo-centrismo (membro masculino-centro do) significa nosso machismo.
A ontologia falocrática totaliza a mãe e o filho dentro do horizonte do “o Mesmo”, sem nenhuma proposta de libertação.
O Sol como centro do sistema, é o reflexo da dependência das colônias em torno do império atual.
A Ontologia do centro europeu-norte-americano, totaliza os países subdesenvolvidos dentro do âmbito dos seus teoremas, normas e teorias. Pois a partir de um pretenso “centro”, a cultura parte dele e para ele, quase irreversivelmente, sufocando toda a cultura da periferia, que, neste caso, é o terceiro mundo.
Voltando ao Sol, este é “um momento mítico masculino” (Henrique Dussel, Erótica e Pedagógica, pág. 157); “a terra atemorizada é o momento maternal-feminino” (Ibid).
A teoria de Copérnico veio a negar uma outra ordem. A teoria de Einstein desestruturou, quase que anarquisticamente, toda uma outra ordem pré-estabelecida, que era a teoria Newtoniana, de causa e efeito.
Na mesma esteira de um Einstein, vieram as teorias libertadoras, tais como a Pedagogia do Oprimido (Paulo Freire), a Teologia da Libertação (Leonardo Boff), a Filosofia da Libertação (Enrique D. Dussel e outros), a antipsicologia (Alfredo Moffat e outros).
O rei Sol (nome masculino), que, antigamente, pedia imolações humanas, é substituído pelo falocentrismo e pela Ontologia do centro europeu-norte-americano.
E como superar o falocentrismo, diríamos nós. E como superar a Ontologia, diria Heidegger. Responderíamos, nós, pensadores da libertação com uma Meta-física que é uma ética antropológica, que é, também, uma ética arqueológica...
Enfim, o cometa Halley virá inconscientemente, e com a sua própria luz, matar o rei-Sol e casar-se com a mãe-Terra. É hora de muita reflexão...

* Artigo publicado no Jornal O Povo
Data: 19 de Novembro de 1985


CIÊNCIA IDEOLÓGICA *


Lauro de Oliveira Lima disse uma frase em seu artigo, publicado neste jornal, nesta página, cujo título é “Ciência Vadia”: ... “à merda a ciência que não resolve os nossos problemas”. Aproveito o enfoque do ilustre mestre para desenvolver a reflexão de minha próxima exposição.
A quem serve, afinal, a Ciência? Por acaso as teorias de Einstein, Newton, Copérnico, Freud etc., entram de favela adentro para equacionar os crônicos problemas dos pobres desassistidos? Por acaso o pobre já foi beneficiado pela tão badalada “produção de conhecimento” acadêmica, apregoado pela Universidade de Pesquisa e Extensão? Ou tudo não passa de produções intelectuais que servem para justificar o poder estabelecido da classe dominante, do modo de produção escravista, ou das ações impiedosas do império do turno?
Na astronomia, a teoria heliocêntrica, que tem o sol como centro do sistema planetário, justifica a ação do império sobre as colônias que também “giram” em torno dele, ou, como também justifica a ação do patriarca sobre a mulher e os filhos que também “giram” da mesma forma.
Na psicanálise, de Freud, o que é o “Superego” senão a moral coercitiva do sistema econômico cristalizada na cabeça do pai e passado como um ideal a ser atingido. O que é o “Ego” senão o enclausuramento da alma dentro da “camisa-de-força” das leis produtivas. O que é o complexo de Édipo senão a tentativa que tem a família de resolver no seu âmago, aprioristicamente, o conflito de classes, já que a mãe simboliza a classe pobre e explorada, e o pai o opressor, herdeiro da cultura machista e patrimonialista. Ou poderíamos suspeitar que o complexo de Édipo é uma situação forjada pelo próprio modo de produção, já que sua superação (do complexo) reproduz com exclusividade o homem-opressor e a mulher-oprimida-submissa ao sistema produtivo.
E quem paga esses cientistas e pesquisadores? Senão com os impostos do povo, ou do trabalho excedente espoliado do trabalhador.

* Artigo publicado no Jornal O Povo
Data: 04 de Agosto de 1988


CADÁVER CIVILIZATÓRIO *


A corrupção, o narcotráfico, o crime organizado, a máfia são forças marginais que preencheram o vácuo que a sociedade eticamente organizada deixou ao sucumbir. Numa sociedade destruída como a nossa não existe mais Ética (o agir humano dentro das regras e normas sociais), mas sim apenas um ethos (hábitos, costumes – uma convivência mínima entre os indivíduos).
Com a morte do pensamento crítico (Kant), todas as áreas do conhecimento ficaram afetadas e sem rumo.
Não é somente a ciência que tem que mudar de paradigma, mas toda a economia, política e cultura conjuntamente, para que se possa mudar radicalmente o paradigma civilizatório atual.
O mundo de hoje involuiu historicamente para a fase mítico-mística primitiva (eis o motivo do sucesso de Paulo Coelho e Harry Potter), que fora enterrada com muito esforço pela Razão triunfante e metafísica. Ao amordaçar a fase mítica e mística primitivas, resolveu depois fabricar os mitos racionais do herói, do político etc., com a própria Razão.
O mundo, depois de fabricar seus mitos à luz da Razão, resolveu destruí-los ao final do século XX. Ao destruir todas as formas míticas racionais, a Razão fragilizou-se e o resultado foi o retorno à fase mítica e mística primitivas que ora estamos a voltar. Toda a ruptura da Ciência de Galileu Galilei, do Teocentrismo (Deus como centro do Universo) da idade média para o Antropocentrismo (o homem como centro do universo), onde houve o divórcio entre Ciência e Filosofia, deixando esta apenas como uma forma subjacente à Ciência renascentista, o mundo tomou outro curso histórico, cujo caminho foi um desvio a partir do século XIII, segundo o filósofo Henrique C. da Lima Vaz, onde o abalo sísmico da Renascença por volta do século XVII, a História do homem e da Cosmologia (a nova visão do universo) perdeu-se até aos nossos dias. Eis o porquê do fim da civilização antropocêntrica.
O desmoronamento sócio-político-econômico que hoje estamos a passar, insurgiram-se vários pensadores do social a partir de Marx resgatado (os Grundrisse) de 1857-8, onde ele vislumbrava uma sociedade toda automatizada, em que o trabalho não seria mais a fonte de riqueza.

* Artigo publicado no Jornal O Povo
Data: 18 de Setembro de 2005


FIM DA CULTURA *


Para o sociólogo francês Alain Touraine, em seu livro “Um Novo Paradigma”, o viés masculino da cultura morreu. Restando apenas o seu lado feminino, isto é, não podemos mais pensar sociologicamente a Cultura a não ser por um outro paradigma – o pensar cultural. Para este pensar cultural é uma nova maneira de encarar o mundo sobre os escombros da nossa civilização. Porque tudo morreu: o capitalismo, o socialismo tradicional marxista e toda superestrutura social a nível mundial.
A herança marxista esquecida e mal interpretada por várias dezenas de anos, os Grundrisse (Karl Marx 1857-58) com o avanço da automação informatizada, esta obra de Marx tornou-se o livro de cabeceira dos grandes intelectuais do mundo.
Hoje ainda se fala em crescimento econômico. Estamos num mundo onde a mais-valia inexiste; onde a produção perdeu o seu conteúdo histórico, sem nenhum peso social, ou seja, uma produção excrescente e inútil.
Quem manda no mundo não são mais as nações, e sim o mercado financeiro em conluio com as grandes empresas transnacionais. E ainda vemos, por absurdo que seja, Hugo Chávez (Venezuela) e Evo Morales (Bolívia) e seus seguidores desesperados pelo poder, com um discurso de 50 anos atrás, anacrônico e obsoleto.
O nosso problema vai além do econômico, do político, do cultural etc. o que estamos assistindo é um colapso irreversível de nossa civilização mundial. E não temos nenhuma saída à vista.


* Artigo publicado no Jornal O Povo
Data: 31 de Janeiro de 2007




Pressuposto Teórico Básico:

A LEI DO VALOR

“A troca do trabalho vivo por trabalho objetivado - isto é, a colocação do trabalho social sob a forma da contradição entre capital e trabalho assalariado – é o desenvolvimento último da relação – valor e da produção que se apóia no valor. Sua pressuposição é – e permanece – a massa de tempo de trabalho direto, a quantidade de trabalho empregada, como fator determinante na produção de riqueza. Mas, à medida que a grande indústria se desenvolve, a criação da riqueza real depende cada vez menos do tempo de trabalho e da quantidade de trabalho empregada que do poder das forças opostas em movimento durante o tempo de trabalho cuja “poderosa efetividade” está, ela própria, por sua vez, fora de toda a proporção com o tempo de trabalho diretamente gasto na sua produção, mas antes depende do estado geral da ciência e do progresso da tecnologia, ou da aplicação desta ciência na produção... Assim que o trabalho na forma direta deixa de ser sua medida, e consequentemente o valor de troca tem que deixar de ser a medida do valor de uso”. (Karl Marx, Grundrisse, 1857-8, pp. 704-5)

Dinheiro – “Aqueles que querem transformar diretamente o trabalho dos indivíduos em dinheiro (isto é, o seu produto também), em valor de troca realizado, querem portanto determinar diretamente o trabalho enquanto trabalho geral, isto é, negar precisamente as condições nas quais ele deve ser transformado em dinheiro e valores de troca, nas quais depende do intercâmbio privado. (...) O trabalho com base em valores de troca pressupõe, precisamente, que nem o trabalho do indivíduo nem o seu produto sejam diretamente gerais; que o produto só atinge esta forma por uma mediação objetiva, por meio de uma forma de dinheiro distinta de si mesmo”. (Id., ibid., pp. 171-2).
“Para ser diretamente dinheiro geral, teria que ser desde o início não um trabalho particular, mas um trabalho geral, isto é, teria que ser posto como elo na produção geral” (Id., ibid., pp. 171-2)


PARTE II

BOLSA DE VALORES *


“A mais-valia não será mais a fonte de riqueza para a coletividade (Grundrisse, Karl Marx, 1857-8)”.
Como se explica a corrida desenfreada para as bolsas de valores, para o Mercado Financeiro Internacional? (Revista Época, 21-05-07).
A única explicação que temos é que com o advento da automação informatizada, a produção deixou de ser uma categoria fundante do capitalismo e o mundo da economia real morreu.
A automação não foi utilizada para fazer medo aos trabalhadores, como afirmou Noam Chomsky. A automação, a meu ver, foi colocada no mercado como concorrência entre as empresas e para diminuir os custos da mercadoria, seus encargos sociais, etc. A empresa quando se moderniza, principalmente a transnacional, tem que levar em conta que a automação informatizada é o melhor caminho para a sua total independência. Ao colocar automação, a produção fica com a mais-valia zero, contando como os monitores da computação e os encargos sociais reduzidos. Estas empresas concorrem facilmente no mercado e a cotação de suas ações e títulos sobem na Bolsa de Valores quebrando as suas concorrentes.
Essa quebradeira é que faz com que os médios e micros empresários apliquem seu dinheiro compulsoriamente no Mercado Financeiro Internacional, nas Corretoras de Valores, etc. Tudo isso determinou o fim do trabalho. O trabalho morreu como categoria fundante do sistema, já que a automação informatizada desemprega os operários mundialmente em massa.
O Mercado Financeiro foi inventado antigamente para purificar o dinheiro capitalizado atrelado à produção. Hoje o Mercado Financeiro Mundial tornou-se obrigatório, visto que é a única saída para o prejuízo das falências empresariais.
O dinheiro do Mercado Financeiro Internacional não tem retorno, por hipótese alguma, à produção. Se este dinheiro for aplicado na produção real, as falências aumentarão e os desempregos também.
O dinheiro (fictício, segundo Marx) ao perder seu referencial produtivo, sua desvalorização será em progressão geométrica, e chegará ao valor zero, isto se ele permanecer como a única via de acesso nas bolsas de valores ou no Mercado Financeiro.
“O Mercado Financeiro Mundial terá um período de incubação”, segundo Anselm Jappe, em seu livro “As Aventuras da Mercadoria”. Se continuarmos neste rumo, a desintegração econômico-social será iminente.


* Artigo publicado no Jornal Folha do Ceará
Data: 12 de Julho de 2007


MERCADO FINANCEIRO *


“O mercado financeiro internacional sucumbirá por sua própria ineficiência” (George Soros)
Com o abandono da racionalidade produtiva provocado pelo avanço da automação informatizado, o capitalismo clássico, alicerçado no contrato social entre capital e trabalho, chegou ao seu fim juntamente com todas as suas categorias fundantes: trabalho, mais-valia, produção, economia etc.
O responsável por tudo isso foi a terceira revolução industrial que trouxe a cibernética, a informática e, consequentemente, a automação.
A automação nas grandes fábricas excluiu milhões de trabalhadores; a mais-valia chegou ao valor zero; e deixou a produção ao valor zero também.
Com o fim do mundo da produção, a única via de acesso foi o mercado financeiro. Esta foi a última saída do capitalismo clássico que chegou a inviabilizar o marxismo tradicional.
Outra conseqüência desastrosa foi a eliminação da propriedade privada dos meios de produção. Já que os acionistas das grandes empresas de capital aberto do mundo inteiro abriram suas portas – via mercado financeiro internacional – para as pessoas físicas e jurídicas. Significa dizer que qualquer pessoa que tenha um pouco de dinheiro, poderá ser um acionista de grandes empresas, comprando ações e títulos dessas empresas no mercado financeiro, nas corretoras de valores etc. Isto decretou o fim da propriedade privada substituindo-a pela propriedade coletiva.
Tudo isso endossado pelo mercado financeiro internacional, virou uma economia especulativa. Noventa por cento do que chamamos “economia”, está atrelada às instituições financeiras quer estatais, quer privadas, ancoradas no mercado financeiro. Podemos dizer também que todo o crescimento econômico é fictício, assim como todo mundo econômico está falacioso.
Não tendo mais consumidores, devido ao desemprego estrutural, o Estado entrará em falência porque não existirá mais impostos. E o dinheiro que não terá mais nenhuma correspondência na economia real, desvalorizará a zero. A desvalorização dos valores é o fim da civilização. O “Big-Crash” (o grande estouro) não tardará a explodir.

* Artigo publicado no Jornal Folha do Ceará
Data: 20 de Setembro de 2007



COLAPSO DA CIVILIZAÇÃO *


O Sub-Comandante Marcos do Exército da Libertação Nacional, Zapatista, México, em seu livro “A Revolução Invencível”, nos diz que já estamos na quarta guerra mundial, cuja bomba maior é a bomba-financeira. (A terceira guerra foi a guerra-fria). Para ele, a bomba-financeira surte melhor efeito do que a bomba atômica, porque em vez de destruir o país inteiro (prédios e seres humanos), a bomba-financeira, ao estourar a bolha especulativa das bolsas de valores sobre qualquer nação, não reduzirá às cinzas, mas é mais desastrosa – deixará qualquer nação de joelhos, pedindo esmolas, com sua economia destruída.
Fizeram do mercado financeiro internacional um mega-cassino, com suas apostas de títulos e ações na bolsa de valores de uma maneira generalizada, deturpando seu direcionamento e função como a última saída do capitalismo: uma economia, perigosamente, de caráter especulativo.
Os grandes oligopólios, automatizados, independentes de todas as nações (as transnacionais) atrelados ao mercado financeiro, já são capazes de detonar o mercado em poucos meses. Basta a bolha especulativa estourar como aconteceu em Wall Street, Nova Yorque, em 1929.
O mega-crash que virá não será igual ao da grande depressão mundial que aconteceu no século passado, porque a economia planetária e seu mundo produtivo estava bem seguro e equilibrado; hoje, se acontecer uma quebradeira igual a 1929, o mercado não terá volta, não terá mais onde se apoiar, nem poderá re-investir seu dinheiro no impossível mundo produtivo, porque este já está morto. A problemática é mais profunda do que estamos a pensar. Todos os signos de nossa atual realidade desertaram da produção e foram para o virtual, fechando-se no seu próprio simulacro, sem ter mais nenhuma conciliação com o nosso mundo real, segundo Jean Baudrillard. Todas as teorias e práticas que se fundamentaram no mundo da produção, ficaram reduzidas a pó de cinzas. Os últimos dias não tardarão. Depois do grande crash nas bolsas de valores, os países ficarão tão pobres, que suas usinas e arsenais nucleares, por falta de manutenção, explodirão em suas próprias nações de origem, como aconteceu com a Chernobyl, na Rússia.

* Artigo publicado no Jornal Folha do Ceará
Data: 04 de Outubro de 2007


A NOVA POLÍTICA *


Nas pequenas teses que escrevemos anteriormente, mostramos o fim de um bloco econômico milenar que está dissolvendo-se à velocidade da luz. Mostramos, também, que o conglomerado de mega-empresas transnacionais, automatizadas à base de microeletrônica informatizada, que não geram empregos, é independente político-economicamente de todas as nações, incluindo o império de plantão. Vimos, também, que estes oligopólios coniventes com o mercado financeiro internacional, deturpado pela própria contingência epocal, esquematiza o último suspiro da antiga civilização milenar.
A nova política da futura civilização está além dos postulados liberais (burgueses) e dos postulados marxistas tradicionais. Esta nova política vai ao encontro dos avanços da micro-eletrônica (robótica) unida às novas formas de políticas sociais, a partir da alteridade das vítimas, dos excluídos de todos os direitos sociais. A mobilização de todos os segmentos sociais, se dará pela concretização da própria corporalidade enferma (Dussel) dos próprios excluídos dentro de sua própria miséria.
A demolição de blocos políticos institucionalizados, inclusive o Estado, burocratizados, com os poderes fetichizados, divinizados, idolatrados, que administram para seus próprios interesses (de classe, de casta, de tribo etc.), se fará necessário e urgente uma nova política, junto à aplicação da revolução tecnológica eletrônica informatizada que diminui quase a zero o tempo e o espaço de participação cidadã quanto a solicitar a opinião da cidadania para constituir o consenso ou cumprir trâmites burocráticos. Será um Estado virtual, subjetivado, com escritórios descentralizados, administrados por páginas eletrônicas. O Estado do futuro será tão distinto do atual que terão desaparecido muitos de suas instituições mais burocráticas, opacas, pesadas etc. Parece que não há mais Estado, mas estará mais presente que nunca como responsabilidade normativa de cada cidadão pelos outros cidadãos. (...) A revolução eletrônica é equivalente à revolução industrial do século XVIII. Mas aquela vai além da produção industrial, que intervém também na política e na informação dos cidadãos, segundo Enrique Dussel, em seu livro sob o título 20 Teses de Política.




* Artigo publicado no Jornal Folha do Ceará
Data: 15 de Novembro de 2007


O REINO DA LIBERDADE *


A revolução informatizada trouxe-nos a automação à base da micro-eletrônica a partir de 1940. Esta revolução eletrônica eliminou com o valor da produção, nas fábricas, deixando-a ao valor zero; eliminou também com o valor das mercadorias; e o dinheiro, como sua representação chegará ao valor zero, tanto o dinheiro fictício do mercado de capitais, como o dinheiro real. A produção perdeu o valor e o dinheiro não terá mais nenhum valor para a nova economia da futura civilização. O trabalho, por sua vez, chegará a quase zero.
A nova economia da futura civilização não terá a mais-valia (o sobre-trabalho); não será mais fetichismo para os cidadãos. Não tendo mais nenhum valor, a produção será abundante para todos os indivíduos da coletividade. Esta nova economia está para além da exploração do homem pelo homem, da pré-história do homem inconsciente, fetichista. Entraremos no reino da liberdade. Este reino pensado por Karl Marx é o último estágio social que está para além do mundo produtivo, do trabalho escravo e das necessidades básicas dos indivíduos.
O Reino da Liberdade será conseguido através da autopoiesis (auto-criação, auto-construção) das máquinas sofisticadas da revolução eletrônica como os computadores, os celulares, a nanotecnologia etc. A nova economia não permitirá mais acumulação de riquezas.
Chegará um dia em que todos os proprietários desistirão de seus próprios patrimônios, porque estes não lhes trarão mais nenhum benefício, porque o mundo da nova economia não lhes trará mais nenhum lucro e nem dinheiro.
O Reino da Liberdade começará com o consenso entre patrões e excluídos para delegar direitos, deveres e responsabilidades para cada cidadão da comunidade. Devido ao avanço da automação informatizada, o tempo de trabalho chegará a quase zero, porque as máquinas ainda não trabalharão sozinhas e precisarão de monitores. Então, para cada cidadão será responsabilizado por uma hora de trabalho produtivo por dia, dedicando o resto do dia com o ócio produtivo, o ócio criativo, o lazer etc.
O Estado será virtual, subjetivado, descentralizado, administrado por páginas eletrônicas, porque a sua burocratização propicia o fetiche do poder e sua corrupção. Enfim, teremos que inventar um novo homem e uma nova mulher, ou seja, uma nova Antropologia segundo Tarcísio Santiago (PhD).


* Artigo publicado no Jornal Folha do Ceará e no Jornal O Povo
Datas: 06 de Dezembro de 2007 e 29 de Dezembro de 2007 respectivamente.


Odécio Mendes Rocha (à esquerda) e o Teólogo Leonardo Boff (à direita). Após um pequeno debate na Editora Vozes – filial Fortaleza no ano de 2000.





CORREIO ELETRÔNICO (E-mails)
De:
ENRIQUE DUSSEL
Para:
odeciofil@bol.com.br
Assunto:
Re: Odécio Mendes Rocha
Data:
18/02/2009 05:25 Puede enviarlos a este correo electrónico dussamb@servidor.unam.mxo por correo postal a Heliotropo 29-Casa B, 04330 Coyoacán, DF, México.Graciaspor Enrique Dussel (M.H.)> Es el 2º E-mail que enviolhe para pedir su E-mail, para enviar algunos trabajos de la filosofia (12 textos, contiendo citaciones de sus libros). Espero su respuesta. Un abrazo! Odécio Mendes Rocha.



De:Eduardo Hoornaert
Para: Odécio

Por acaso releio seu artigo "Colapso da Civilização", publicado na Folha do Ceará no dia 04 de outubro de 2007 e vejo nele uma excelente predição na crise que o sistema financeiro mundial está atravessando atualmente.
Parabéns e abraço, amigo.
Eduardo Hoornaert








Textos digitados na Lan House do Hudson
Rua Elcias Lopes, 694 – Montese
Fone: 3292-3043 / 9916-8256
E-mail: carud@ig.com.br

15 comentários:

  1. Hello, I find your blog. It looks very informative blog, but unfortunately I do not understand your language. However, have a nice day and success for you.

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  2. Quero agradecer a lembrança e parabenizá-lo pelos artigos. Se tiver um tempinho veja também lenitivocultural.blosspot.com

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  3. O endereço é lenitivocultural.blogspot.com

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  4. Amado amigo de minha alma... Tomei a liberdade de divulgar seu blog no meu, aproveitando um comentário que você carinhosamente fêz tornando aquela página tão iluminada com sua presença fraterna e sábia!!
    à cada dia que leio seus escritos, mais me encanto com o seu poder de conhecimento! ... queria ter você por perto, amado amigo Odécio!
    Admiração profunda!!
    Gratidão profunda por eu ter conhecido ser tão iluminado!

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  5. Blog / FIM DA ECONOMIA CLÁSSICA E O ADVENTO DO COMUNISMO

    Quinta, 27 Fevereiro 2014 às 22:13

    Odeciomendesrocha Mendes Rocha
    22 de fevereiro próximo a Fortaleza
    Odeciomendesrocha Mendes Rocha LINK PERMANENTE
    22/02/2014 20:24
    Por favor: Seu comentário está aguardando moderação.
    FIM DA ECONOMIA CLÁSSICA E O ADVENTO DO COMUNISMO
    Quando escreví “O Reino da Liberdade” há 07 (sete) anos atrás, pouca gente entendeu o que eu estava escrevendo. Foi publicado em dois jornais locais aqui de fortaleza “O Povo” e “A Folha do Ceará”. Depois publiquei na Internet, no meu blog, neste site do Leonardo Boff e em outros. Agora vou para as vias de fato.
    O trabalho abstrato perdeu a sua dimensão ontológica. Não há mais razão para sua existência. Ele era a raiz de toda a economia milenar que produzia valor.
    A idéia sobre o fim do trabalho abstrato, da economia sem valor, do dinheiro sem valor remete-nos 24 séculos de espera.
    Quem primeiro pensou numa sociedade sem trabalho, com a produção zero valor e o dinheiro sem valor, foi o filósofo Aristóteles ( séc IV a.C.), quando disse: “Se o tear (instrumento artesanal de fiação) trabalhasse sozinho, não precisaria de senhor nem de escravo”. Esta idéia foi retomada por Karl Marx em 1857-8, no seu livro os Grundrisse (Borrões, em 03 vols.), onde ele resgata Aristóteles com a nova roupagem tecnológica atual.
    A Cibernética de Norbert Wiener e sua extensiva informática que culminou na robótica, abriu as portas para o comunismo, com esta revolução eletrônica que estamos a passar.
    O próprio capitalismo inventou a corda para se enforcar – o comunismo cibernético.
    A robótica que quase eliminou com o espaço/tempo, acabou extinguindo com o trabalho abstrato (entidade social que criava valor, segundo Marx), com o valor da produção e liquidou com o valor do dinheiro, que é a manifestação do trabalho abstrato e o valor.
    Esta nova civilização que haverá de vir brevemente, eliminará com os problemas climáticos e ecológicos, pois foi a sociedade consumista que provocou o desastre ecológico. Não haverá mais consumismo na nova civilização.
    Estamos chegando à Terra Prometida. Estamos entrando numa sociedade onde haverá pouco trabalho e muito ócio criativo, como sonhava Karl Marx no reino da liberdade.
    Não chamem os Ludista, como a matéria publicada na revista “Carta Capital” da semana passada. Não precisamos quebrar as máquinas para que retorne o emprego estrutural. Deixem a robótica evoluir até chegar ao comunismo cibernético – sonho da humanidade há 2.400 anos.

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  6. Leonardo Boff LINK PERMANENTE*
    23/04/2014 21:56
    Odécio,
    Dussel é um velho amigo de 40 anos de trabalho em conjunto na A.Latina e na Alemanha. Não preciso fazer as loas a ele, pois as tem por si mesmo. Dispenso-me de outros comentários pois prefeiro idéias a comentários sobre as ideias.
    abraço
    lboff

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  7. Heloise Riquet curtiu isto.
    Heloise Riquet Gostaria de lhe convidar Odécio para ministrar palestra na minha disciplina de Antropologia Culurall intitulada , O Amorr Platônico e o Amor na Modernidade como parte do conteúdo programático e da operacionalização de didática articulando o ensino,a pesquisa e a extensão na referida disciplina..Aguardo resposta de sua parte.
    23 de abril às 08:08 · Curtir
    Odeciomendesrocha Mendes Rocha
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  8. Odeciomendesrocha Mendes Rocha
    6 de maio próximo a Fortaleza
    Odeciomendesrocha Mendes Rocha LINK PERMANENTE
    05/05/2014 21:17
    Por favor: Seu comentário está aguardando moderação.
    O RESGATE DA UTOPIA
    Peço permissão ao Leonardo Boff para expor algo diferente do texto dele.
    Gostaria de informar que o livro do Clodovis Boff “O Livro do Sentido – Crise e Busca de Sentido”, Tomo I de sua trilogia, está sendo muito vendido aqui em fortaleza-Ce. Eu lí,, é um excelente livro. Para Clodovis Boff tudo o que está acontecendo no nosso mundo é devido a crise de sentido que está desorientando toda a nossa humanidade. Até a violência é decorrente da nossa crise de sentido e, consequentemente, de nosso niilismo.
    Combinando com o título acima, a nossa utopia será o Comunismo. Não falamos em comunismo à ex-URSS, à China e à Cuba. Estes “socialismo” são apenas modernizações do capitalismo; capitalismo de Estado etc. Falo de um comunismo diferente de todos os demais. Recomeçaremos com uma Utopia Comunista jamais pensada, com exceção dos Grundrisse de Karl Marx, 1857-8.
    A nossa U-topia (o não-lugar) que poderá ser preenchido. Parte do pressuposto que toda a Economia Clássica já está em seu estertor, devido à velocidade das máquinas que a revolução eletrônica nos propiciou.
    A sociedade do trabalho chegou ao seu fim; a produção chegará ao valor zero; e o dinheiro, como a manifestação da entidade social, ou seja, do trabalho abstrato e valor, perdeu seu valor.
    Na antiguidade greco-romana, o trabalho não era tirano como agora o é.Só após a primeira revolução industrial que o trabalho ficou imperante, centralizador das nossas vidas etc.Trabalhava-se pouco e o vazio era preenchido pelos estudos, criatividades, artes, contemplação, amor, lazer etc.
    Hoje a entidade social, isto é, o trabalho abstrato e valor, já chegaram ao seu fim histórico-social. Esta sociedade do trabalho que chegou ao seu fim, permitiu-se pensar numa democracia direta, participativa. Não queremos mais a democracia representativa que ora afunda-se no abismo.
    Pensaremos num comunismo digital, cibernético. O Estado do futuro será tão distinto que parecerá que não existe Estado. Mas estará mais presente do que nunca, pela normatividade de cidadão para cada cidadão. O Estado será virtual, descentralizado, subjetivado ( o Estado seremos todos nós), administrado por páginas eletrônica, segundo Enrique Dussel – 20 teses de Política.
    A nova práxis social virá pela redes sociais., cuja autonomia, negará toda e qualquer instituição burocrata e fetichista. Porque estas instituições propriciam o fetiche do poder.
    “Ocuppy Wall Sreet” e movimento de ruas feito aqui no Brasil, na Copa das Confederações, em 2013, nos mostrou que é possível chegarmos a este objetivo.
    Odécio Mendes Rocha.

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  10. Heloise Riquet LINK PERMANENTE
    09/05/2014 16:00
    Peço perdão pela minha grandiosa negligência nos erros de digitação no que diz respeito ao meu comentário ainda aguardando moderação..Entro o nada fazer e a omissão política prefiro arriscar a minha persona e exibir meu lado neófito na informática..
    .Meus parabéns ao Filósofo Odécio Mendes Rocha pelo brilhantismo do seu fecundo comentário intitulado,O Resgate da Utopia.publicado no status do meu Facebook.Como o tempo não para tenho grandes esperanças de fazer um curso de digitação..

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  11. AQUECIMENTO GLOBAL
    Existem muitos exageros a respeito do aquecimento em que o nosso planeta Terra está a passar nestas últimas décadas. Está certo que nos últimos duzentos anos o capitalismo, juntamente com o socialismo real, poluíram o nosso planeta de forma alarmante. Porém, teremos que nos perguntar: Qual o paradigma da Ciência está prognosticando esses resultados? O antigo paradigma da Ciência - o newtoniano/cartesiano - chegou ao seu fim. Ele não tem mais nenhuma autoridade para dizer o que é certo
    e o que é errado, pois não tem a verdade como certeza, e sim a probabilidade, como nos afirma o prêmio Nobel Ilya Prigogine, em seu livro O Fim das Certezas, Unesp, 1996.

    As verdades do antigo paradigma da Ciência, ao se tornarem obsoletas, migraram para a Política. Este grande problema está gerando impasses entre os centistas.O aquecimento global ao sem tornar um problema político, provocou distorções em torno de um diagnóstico preciso ao falar de meio ambiente.

    Os cientistas que pregam o Apocalipse, são charlatões, levando paranóia à população. Não podemos afirmar que daqui a tantos anos surgirão catástrofe. Não sabemos, é apenas uma probabilidade. Poderá ser hoje, ou nunca acontecer tais cataclismos.

    Na Idade Média, por volta do ano 800 a 1.200 d. C., houve um cataclimo global pior que o atual.O que tem de diferente no fenômeno da Idade Média para o atual, é que este tem a mais
    um agravante: o aquecimento antropogênico. Ou seja: o aquecimento causado pelo poluição do homem nos quatro cantos do planeta. Além das acomodações de placas tectônicas,
    que poderãm causar tsunamis em raros casos, o aquecimento antropogênico é mais um acrescimo na problemática ambiental atual.

    Já passamos por isso, dizem os céticos. Não podemos subestimar
    e não podemos nos apavorar. Para que isto se torne possível, teremos que solucionar com maior urgência o problema social, junto com o problema ecológico.

    25 Março 2010 0 comentários sem avaliação

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  12. Odeciomendesrocha Mendes Rocha
    23 de julho às 10:09 ·
    Odeciomendesrocha Mendes Rocha PERMALINK
    20/07/2015 20:49
    Please Note: Your comment is awaiting moderation.
    A METAFÍSICA DO DINHEIRO
    Leonardo Boff abordou muito bem o aspecto da crise mundial.
    O dinheiro se tornou uma entidade metafísica, quando este como estratégia de sobrevivência do sistema produtor de mercadoria mundial abandonou a racionalidade produtiva.
    Ora, veja bem, quando os grandes empresários e banqueiros notaram que o mundo produtivo havia morrido em virtude do fim do trabalho abstrato, do trabalho, do valor da produção e do valor do dinheiro, resolveram abandonar este tripé real da Economia Mundial e sobreviver dentro de uma Economia especulativa longe do trabalho abstrato e de todas as categorias fundantes do sistema capitalista clássico e do marxismo tradicional.
    Ao autonomizar o mercado de capitais, tentam de todas as formas controlar a Economia real mundial.
    O dinheiro fictício do Mercado Financeiro Mundial foi a grande estratégia de sobrevida do capitalismo.
    Ao ler os livros do maior investidor deste mercado, George Soros, ele explica o mercado financeiro não à luz do pensamento crítico, mas de um investidor. Ele é pessimista em relação ao Mercado Financeiro Mundial, quando afirma: “O Mercado Financeiro sucumbirá por sua própria ineficiência”.
    O mercado de capitais está metafisicamente longe e transcendente do Economia real. Mas ele é quem manda e desmanda no mercado Financeiro mundial
    Não tardará o dia em que a Economia real não terá mais trabalho. E quem irá consumir. A não ser doando em bolsa desempregos para continuar o consumo. Mas isto não levará a nada.
    Seria melhor elaborar o Comunismo Cibernético, onde o consumo cairá para 1/4 do total
    mundial.
    Se não agirmo com urgência, está se gestando o maior crash que o mundo já víu – três vezes maior que o de wall street, em 2008 .Este Big-Crash virá a partir das dívidas internas das nações.
    odécio mendes rocha
    — em Fortaleza.

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  13. Odeciomendesrocha Mendes Rocha
    6 de novembro às 10:49 · Fortaleza ·

    O CASSINO DA ECONOMIA ESPECULATIVA MUNDIAL
    Depois que o capitalismo clássico morreu e sua modernização, o socialismo real, a nova estratégia de sobrevida do sistema econômico foi abandonar a racionalidade produtiva da economia real e viver independente das categorias fundantes dos sistemas econômicos internacional, tais como: trabalho abstrato, trabalho vivo e sua manifestação, o dinheiro real.
    O grande cassino das especulações financeiras não mais interessa se o desemprego estrutural aumentou ou não; se a produção está em seu limite; se o dinheiro da produção real acabou ou não.
    Vivem, com esta nova estratégia, como senhores do mundo a mandar em todas instituições financeiras do mundo. Ordens que devem ser cumpridas à rigor, tais como: contenção de despesas de todas as nações - salários, lucros, despesas administrativas das nações etc.
    Outro problema que poucas pessoas estão vendo é que as 500 transnacionais que mandam a nível mundial, estão independentes da economia real apenas por estratégia, mas dependem indiretamente do sistema produtivo global.
    O jogo de apostas do "capitalismo de cassino" (Kurtz), que somente é válido jogar nas ações e títulos das grandes empresas internacional arriscando ganhar ou perder trilhões de dólares por dia dependo, no final do dia, conferindo o pregão se ganhou o se perdeu...
    Estas 500 empresas transnacionais opera com a produção zero valor, porque sua produção está toda informatizada, robotizada pela revolução eletrônica, ora em curso, quebrando as médias e pequenas empresas do mercado mundial.
    O dinheiro fictício, segundo Marx, do Mercado Financeiro Internacional, enriquecem figurões como Bill Gates, George Soros. Este último, antes do crash de 2,008, em wall street, sua riqueza equivalia a 49 nações. Eles vivem nervosos. Conta-nos George Soros em um de seus livros que Bill Gates construiu uma mansão-castelo com centenas de colchões cheio de notas de dólares, com medo ficar pobre num piscar de olho, nas bolsas de valores.
    George Soros é tão potente e grandioso que os Estados Unidos já conta com ele em caso de um grande crash futuro. Ele também é um estudioso de filosofia. É um popperiano (epistemólogo) e segue muito à risca o livro de Popper "A Sociedade Aberta e Seus Inimigos". Daria toda a sua fortuna para se tornar um filósofo famoso.
    A revolução eletrônica em curso não dá certo com o capitalismo clássico e sua Modernização, o socialismo real.
    Resta somente como única alternativa associá-la ao comunismo (o comunismo cibernético).
    odécio mendes rocha

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  14. Candice Lauralee Moonsawmy
    6 de novembro às 11:05 · Editado ·

    Odeciomendesrocha Mendes Rocha you have provided a diagnosis of the ineffectiveness of the capitalist system. I'm working with a Presidential Candidate who has a primarily Catholic philosophical educational background. He also studied public policy and economics..I have discussed you with him. He accepts empirical evidence. Would you join a forum in America in a international association philosophers who shape public policy? If you would I want you both to talk.
    Odeciomendesrocha Mendes Rocha você forneceu um diagnóstico da ineficácia do sistema capitalista. Eu estou trabalhando com um candidato presidencial que tem um fundo educacional filosófica principalmente Católica. Ele também estudou políticas públicas e economics..I discuti-lo com ele. Ele aceita a evidência empírica. Você participar de um fórum na América em um filósofos associação internacional que moldam as políticas públicas? Se você que eu iria querer que você tanto para falar. https://youtu.be/GEDncy7YcoQ

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  15. DEUS É ANDRÓGINO
    Deus para ser perfeito tem que ser uma totalidade masculina e feminina.
    Em todo o Universo interagem esta duas forças evolutivas como princípio primeiro.
    O homem como a sua imagem e semelhança é também andrógino.
    Mas não a androginia de Platão no seu livro Banquete (ou do amor), onde haviam três seres rebeldes: masculino-masculino, feminino-feminino e o masculino-feminino. Esses seres eram muito rebeldes, foram ao Olimpo desafiar os deuses.Zeus não gostou e os partiu ao meio, jogando nos quatro cantos mundo somente a metade de cada andrógino.
    E eles ainda buscam sua cara metade. Isto é uma apologia ao homossexualismo. Mas Platão tinha suas razões sociais para falar do amor desta maneira. Na antiga Grécia tinham muitas guerras e os soldados não podiam levar suas esposas. Passavam meses longe de casa, mas levavam seus mancebos. A homossexualidade na grécia antiga era pedagógica, sem conflitos sociais e individuais.
    Uso andrógino não como Platão, mas andrógino como sinônimo de metamorfose. De algo não definido. De todo o comportamento para além do Patriarcado e do Matriarcado.
    O ethos baseado no Mito de Édipo-rei de Sófocles chegou ao seu fim.
    odéciomendesrocha

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